sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Gregorianas Brasileiras

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>>>> A vida só tem graça quando aprendemos a apreciar as coisas verdadeiramente. Vista por vários ângulos, a partir de vários pontos de vista, uma mesma coisa pode ter muitas aparências, muitos significados, muitos aspectos. E, conforme vamos amadurecendo, aprendemos a apreciar as coisas sob as diversas matizes. A arte é um exemplo.
>>>> Quando eu era criança, já gostava das diversas artes: da Pintura, da Literatura (especialmente da Poesia), da Fotografia, do Kung Fu, do Cinema. E de tudo o que pode ser considerado artístico (o que abre um enorme leque de opções). Mas o meu caminho eu só encontrei aos 20 anos. Foi quando eu conheci, numa aula de Literatura, um baiano prá lá de especial.
>>>> Em 1995, quando eu ainda cursava o segundo grau (aos 20 anos), uma professora me apresentou Gregório de Matos Guerra, o grande Boca do Inferno. Dali pra diante, minha vida mudou. Descobri que poesia não é apenas um amontoado de dizeres bonitos e de fórmulas sentimentais, por vezes saturados, e por outras muito além da compreensão. Descobri que poesia é mídia, é meio, é veículo para idéias e ideologias, não importando o estilo.
>>>> E, dentre tantos estilos, sendo alguns bem mais simplistas que outros, escolhi justamente o mais improvável para ser a forma básica daquilo que quero expressar. Alguns já me disseram assim: - "Barroco? Por quê Barroco?"; e outros: - "Isso tá Barroco demais pro meu gosto." (o que me fez pensar que finalmente acertei!), e eu explico: As formas exatas, fixas, predeterminadas, tão certinhas, ajudam mais que atrapalham - elas dão um limite previsto do que será o produto final. E, condensar toda uma idéia naquela forma predeterminada e, por vezes, curta (como no caso dos sonetos), é um desafio.
>>>> A seguir, posto algumas idéias em forma de versos (sonetos perfeitos, com métrica exata em nosso contexto temporal). Assim como meu mestre, exploro várias vertentes: a lírica, a religiosa, a satírica, a ode, e outras. Contudo, aqui, cumpre apresentar algumas de minhas condensações sócio-políticas. Considerando que este blog trata de assuntos sócio-políticos, não conviria aqui falar de coisas oníricas. Além do mais, ninguém é obrigado(a) a ler.
>>>> Agradeço à professora Clara, de Literatura, que me abriu este universo, apresentando-me o mestre, o grande Gregório de Matos Guerra, de quem busco "lo bello stilo che m'ha fatto onore".

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Saúda o Poeta a Terra dos Animais
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Saúdo minha terra de fartura!
 Aqui, quem tem o sapo é a verruga;
Escapa do coelho a tartaruga;
Co’ o aval de uma fortíssima estrutura.
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Governam os chacais, com linha dura;
Senadam os macacos bons de fuga;
Conviva da Saúde é sanguessuga;
Qualquer legislador, cavalgadura.
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A parca Educação, governam micos;
O Meio-Ambiente é dos castores;
Nas Comunicações, latem pulguentos;
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Justiça é comandada por burricos;
Mas como achar melhores protetores
Em terra de cavalos e jumentos? 
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Define o Brasil e a Administração Pública
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Este País desgraçado,
Pelos outros corrompido;
Pelos seus, sendo vendido;
Por todos esculhambado;
Há muito, sendo assolado,
Nada mais tem que lhe valha;
E nem quem limpe a borralha,
Já que tem por chefe e pai
Cada patife que sai
Da nata desta gentalha.
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Continua tudo igual:
O mais velhaco tem capa;
E a lei – a mesma “do rapa”.
Tem fazendeiro e curral;
Fazem as leis: o boçal,
E o corno de mente lerda,
Que o restante todo herda.
No mais, beijem meu traseiro:
A Saúde é um puteiro;
A Educação, uma merda!
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Ao Brasil
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Brasil, tua canção agora vive:
Orgulha-te da tal democracia...
Na terra da alegria e da folia
Não vejo mais que a fé que eu nunca tive.
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Domínio da verdura e do declive...
És cheio das verdinhas da apatia.
Declinas-te, com tanta alegoria,
Que juntos cairemos, inclusive.
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Comparam-te com terras bem distantes;
O espelho está quebrado e embassado.
Saúdas quem polui tua bandeira?
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Teus velhos bons heróis, mais diletantes,
Defendem interesses de outro estado.
És terra onde o sábio diz asneira.
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Descreve a Fidalguia Corrupta do Século
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De um povo, que de heróico, é mais que fraco;
De voz, que em pleno estádio, é retumbante;
Que cala seus clamores, bem no instante,
Que soa o tamborim de qualquer paco.
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De um símbolo ideal, restante um caco;
Com juras e promessas, quais de amante;
De um gênio preguiçoso e diletante;
Da parca inteligência de um macaco;
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Da pura sordidez, da inconsciência;
Do jeito mais inútil, sem valia;
Dos braços da hipócrita indulgência;
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Da pura falsidade e hipocrisia;
Nascidos pra roubar com reverência:
Assim são os fidalgos de hoje em dia.
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Comparando o Brasil a uma Fazenda
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Vislumbrando a fazenda do Brasil,
Eis seu povo, pacífico e bovino...
Transmutado em primata, o mau suíno
Compartilha o governo c’o canil.
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Bois e vacas, nos campos, muitos mil...
Para os lobos, famintos, um cassino...
Mas, se um touro, orgulhoso e palestino,
Arremete, deixou de ser “gentil”.
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Vem o mau capataz, e logo serra
Os dois chifres do pobre pestilento...
E lhe castra – A coragem se lhe encerra...
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Este mau capataz é o nojento
Deputado; e a suja, infame serra,
É ‘sa merda do tal desarmamento!
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Betinho PQD
Gregorianas Brasileiras
(RGM-5985-20110919)
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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Aos Néscios do Brasil (I e II)

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>>> Dizem as más línguas que os brasileiros são malandros, preguiçosos, facilmente corruptíveis e aproveitadores. Dizem as línguas, piores ainda, que devemos ter orgulho de nosso País. Eu penso que nem todos os brasileiros são malandros (se o fossem, não se deixariam explorar assim!). Aliás, malandros são minoria: a minoria elitista, o Poder Legislativo, os puxa-sacos de políticos, os diretores da máquina pública. Nem todos são preguiçosos, pois vejo à minha volta, e por todos os lados, diariamente, gente acordando antes das 4 da manhã para pegar uma, duas ou mais conduções lotadas, para chegar ao seu trabalho. Há aqueles que não são corruptíveis, e geralmente estes são execrados na sociedade como bobos, panacas, trouxas, ou outros nomes; e eu tenho o privilégio de ter alguns na família, e de conhecer outros. Infelizmente, os aproveitadores estão aí, e se reproduzem como micróbios: é o indivíduo que vê alguém perder a carteira (ou uma caneta que seja!) e não se manifesta, na esperança de ficar com o achado; é a pessoa que, quando vê um banco ficar vago no ônibus, sai atropelando todo mundo para pegá-lo primeiro, a despeito de haver outras pessoas mais próximas, que poderiam também querer utilizá-lo; é a criatura que acha que furar filas não prejudica ninguém; é o aluno que copia sua tarefa de outra pessoa, ou da Internet, sem ao menos ler o conteúdo; enfim, é qualquer um que leve qualquer vantagem sobre o esforço dos outros.
 >>> Dizem que não sou patriota, pois estou sempre criticando o Brasil, os brasileiros e as instituições. Falam para eu mudar-me para a Europa (Ah! Se eu pudesse...) pois eu não dignifico a minha Pátria. Acham que "ser patriota" é esconder a sujeira e "rasgar seda". Pensam que "amar o País" é torcer pela seleção e desfilar no Carnaval. Néscios!
>>> Se eu odeio a instituição desse País, não é por falta de patriotismo. É exatamente por excesso.
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Aos Néscios do Brasil (Parte I)
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República de todos respeitada!
Cantada como a Roma dos Romanos!
Cristã, valente, lar dos puritanos!
Na forma, em coração é desenhada!
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Só num jogo ¾ em mais nada ¾ É destacada;
Cantada por asnais, em seus enganos;
Cheia só de ladrões, bobos, maganos;
Vendida lá, e cá, emporcalhada.
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Brasil, terra tão linda e generosa!
Dos seus intelectuais de um alto lume!
 Parai de se ostentar
¾ de tanta
prosa...
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O hipócrita disfarça seu queixume;
Lambendo da águia os pés, acho que goza
Meu povo, do sabor do seu estrume.
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Aos Néscios do Brasil (Parte II)
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Orgulhosa Nação a brasileira!
Democrática, vota e se auto guia!
O povo faz valer democracia
Na urna; soberana a gente inteira.
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Um mocó, que não tem “eira” nem ”beira”;
“par-de-eiro” corrupto e sem valia;
Nação que não tem leme, freguesia
De bobos; de ladrões, maganos, feira!
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De um lado, puxa-sacos sorridentes;
De outro, vis ladrões; todos no cerco:
Mordendo-se, sem planos diferentes...
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Eu, longe disso, sei que nada perco.
É duro ver meu povo nas correntes;
Rasteja, grunhe e ri, comendo esterco.
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Betinho PQD
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terça-feira, 13 de setembro de 2011

20 Motivos para Gritar "Não" ao Desarmamento

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>>>> Há meses, eu encontrei uns sites interessantes, defendendo o NÃO ao desarmamento. Um deles continha o link para o texto abaixo transcrito, que enumera os muitos motivos para um País dito sério não aceitar desarmar seus cidadãos. Todos que me conhecem um pouco (ou que leram alguma das minhas postagens anteriores) sabem o que eu penso dessa palhaçada que é a campanha do desarmamento. Eis o conteúdo, na íntegra, e o link, conforme segue:
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20 MOTIVOS PARA NÃO DESARMAR A POPULAÇÃO
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>>>> Exmo Sr. Senador Pedro Piva
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>>>> Com relação ao projeto de lei nº PLS 614/99, que proíbe a venda de armas de fogo em todo território nacional, temos as seguintes considerações a fazer:
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1 - É inconstitucional: Fere o direito de propriedade; fere o direito à segurança pessoal; fere os direitos adquiridos. (Constituição de 1988, Art. 5o e em seu parágrafo 2o e incisos XXII, XXIV, XXXVI, LIV).
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2 - A proibição da venda de armas legalmente em lojas resultará, ao contrário do que pensam os proponentes da medida, em crescimento da criminalidade e o total descontrole sobre as armas em circulação, porque:
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A - O cidadão que se sente ameaçado (seja esta sensação real ou imaginária) irá recorrer aos traficantes de armas. A lei cria um novo mercado para os traficantes além do já existente (a marginalidade). Vide a Lei Seca dos EUA como exemplo.
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B - O cidadão que se armar para defender a si, sua família e sua propriedade (direito constitucional), será considerado um criminoso.
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C - Aumentará o número de invasões de domicílios devido ao conhecimento, por parte dos marginais, que todos os lares estarão indefesos. A casa é simplesmente uma defesa passiva de que nada vale se não houver uma defesa ativa por trás de suas paredes. Apenas 5% dos lares brasileiros possuem armas, o que tem sido suficiente para desestimular as invasões indiscriminadas.
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D - Aumentará a ousadia da criminalidade de rua, por saberem que ninguém mais porta arma.
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3 - Respeito às minorias conforme a constituição: Os proprietários de armas legais são cerca de 2,5 milhões de pessoas (1,5% da população). Uma minoria que sempre respeitou a lei (do contrário não poderiam adquirir armas). Que impacto sobre a criminalidade pode haver com o desarmamento dessa pequena parcela da população?
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4 - Fim do controle sobre as armas: As armas não podem ser "desinventadas". São fáceis de serem manufaturadas em qualquer oficina e facilmente transportadas e contrabandeadas. Ao tornar todas as armas de fogo ilegais o governo está, voluntariamente, abrindo mão de qualquer forma de controle sobre as mesmas.
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5 - Cria mais uma forma de discriminação social: A lei deve ser igual para todos (conforme a constituição). Este PLS não afetará as inúmeras leis complementares que dão direito aos portes de arma funcionais. Por exemplo: juizes, promotores, defensores públicos, procuradores, senadores, deputados federais e estaduais, chefes de autarquias, etc., sem falar nas categorias previstas no escopo do PLS.
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6 - Feudalização: Os abastados poderão contratar segurança privada armada para defesa de seu patrimônio e este direito permitirá a imposição de sua vontade aos demais cidadãos. Lembramos que policiais e seguranças privados são responsáveis por grande parte dos crimes, tais como roubo de carros e seqüestro.
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7 - A lei não afetará os bandidos: Bandidos não compram armas em lojas devido ao registro no SINARM e a exigência de idoneidade.
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8 - O Brasil não tem um "problema" de armas: O Brasil é um país desarmado. O cidadão honesto sempre teve dificuldades legais e econômicas impostas pelo Estado para adquirir armas. O baixo número de armas registradas corrobora esta afirmativa. Nosso problema é o banditismo, que sempre obteve as armas que quis ao longo da história.
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9 - Cultura da submissão: Se todos os cidadãos estiverem desarmados haverá o império do terror e da submissão aos bandidos, tal como já vemos acontecer em favelas e outros locais desassistidos pelo Estado. A lei é monstruosa.
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10 - A Bíblia judaica determina que o cidadão tem direito à defesa pessoal, de seus familiares e próximos, assim como de seus bens. Essa determinação passou para o cristianismo e nossa constituição.
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11 - São Tomás de Aquino já previa o direito à defesa própria e o Papa João Paulo II, na encíclica Evangelium Vitae, afirma, categoricamente, que a defesa própria não é apenas um direito, mas sim um dever para aqueles que têm outras vidas sob sua responsabilidade.
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12 - O mal está no homem: Admitir que a arma de fogo é o mal materializado, como tem sido feito por alguns pastores "moderninhos", é a própria negação do cristianismo. Estamos voltando ao totemismo pagão. Isto é o mesmo que adorar um "bezerro de ouro".
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13 - Violência não é criminalidade: Não são as brigas em bares, no trânsito ou nos estádios que estão incomodando a sociedade, mas sim a criminalidade desenfreada (roubos, furtos, estupros, assassinatos, tráfico de drogas, seqüestros, etc.)
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14 - Traição: O governo, através da Lei 9437 de 1997, instituiu um período de anistia para que todos os cidadãos que tivessem armas ilegais as registrassem, legalizando-as. Apenas dois anos depois os cidadãos se vêm ameaçados pelo confisco, dando razão a quem não confiou no governo, instaurando o descrédito total e estimulando a insubordinação.
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15 - Defesa e integridade nacional: A arma pessoal faz parte do sistema de defesa nacional, sendo um forte fator de dissuasão a qualquer invasão estrangeira. O Brasil estará abrindo mão de parte de sua soberania.
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16 - Venda de proteção: Bandidos (até mesmo desarmados) poderão ser utilizados por empresas de segurança para agredirem cidadãos, empresas e condomínios para justificar a necessidade de serem contratadas.
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17 - Proteção do Estado: Os defensores do PLS afirmam que o Estado nos dará proteção, tal como "protegeu" as comunidades indígenas no passado. Ainda hoje, existem localidades no Brasil onde ninguém dorme sossegado sem uma arma ao lado (e não é preciso se afastar mais que 30 km das capitais).
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18 - Responsabilidade do Estado: Ao trazer para si toda a responsabilidade pela segurança dos cidadãos, o Estado ficará juridicamente responsável pela indenização de todos os danos criminosos que ocorrerem.
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19 - Direito individual: Ter ou não ter arma deve ser uma opção individual, pelo livre arbítrio, o que caracteriza a liberdade. Ditadura da maioria não é democracia, na medida que restringe as liberdades individuais.
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20 - Genocídio: Os Estados nacionais sempre foram os maiores assassinos da história. Os genocídios sempre começaram pelo desarmamento da população (ou parte dela), tal como ocorreu na Alemanha nazista, que resultou no holocausto.
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>>>> Todos esses tópicos, que aqui foram apresentados de forma resumida, podem ser expandidos sob a forma de dissertação ("papers") com exemplos em profusão.
>>>> Colocamo-nos à disposição para maiores esclarecimentos.
>>>> Atenciosamente,
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS COLECIONADORES DE ARMAS – ABCA
Av. Graça Aranha, 81 sala 905 - Centro, Rio de Janeiro, RJ - 20030-002
Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 2000
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Walter C. Merling Jr. – Presidente
Economista, Museólogo (especializado em material bélico) e historiador (especialista em história militar).
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Ariosto de Rezende Rocha Filho – Diretor
Advogado
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Leonardo Arruda – Diretor
Engenheiro****
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>>>> Se, mesmo após todos estes argumentos, você ainda acredita que o desarmamento é a melhor solução para o Brasil, eu desisto de você. Por favor, não retorne a este blog.
>>>> Precisamos de um lugar seguro para viver. Não de um País de demagogias e falácias.
>>>> Diga NÃO à submissão. Diga NÃO à demagogia. Diga NÃO ao desarmamento.
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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Um Monumento à Incoerência

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>>>> A aventura de ser brasileiro geralmente nos leva ao medo constante. Medo da fome, do crime, do SPC, do futuro, não importa: o medo é geral.
>>>> Entretanto, algumas vezes, os desmandos de quem manda são tão ridículos, tão sem precedentes, que não temos outra reação que a do riso em gargalhada.
>>>> Agora há pouco, assistindo à TV (Jornal do Almoço, RBS TV, 09/09/2011), fiquei sabendo de algo realmente macabro: Em Rio Grande, no RS, um grupo de “caciques” pretende erguer uma estátua pública, homenageando ninguém menos que ele: Golbery do Couto e Silva. Ele mesmo: o General Golbery, aquele que ajudou a instituir o Golpe de 64; que criou e chefiou o SNI; e que “tanto fez pelo povo brasileiro”.
>>>> Leia sobre isso em:
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>>>> Na matéria da RBS TV, dois vereadores falaram sobre o assunto. Um dos vereadores votou contra, e criticou o projeto de lei que cria o monumento público. Outro defendeu tal absurdo. Aquele que criticou, o fez por motivos óbvios: o General não era e não é pessoa bem quista por aqueles que defendem a democracia. Floi falado, inclusive, em “apologia à ditadura”, nas palavras do vereador. Daí, é um caso delicado... Eu, que não acredito na tal democracia; eu, que por minha vez, sendo presidente, seria um ditador; eu, que não acho que precisamos de Poder Legislativo; enfim, eu, tenho que concordar com o vereador que votou contra. Mesmo que muitos considerassem o General como “anti-Linha-Dura”, isso não justifica tal homenagem.
>>>> Pelo lado defensor do projeto, um outro vereador teve a cara de pau de falar na TV, de frente e diretamente, que “é preciso separar o Golbery da Ditadura do Golbery político”. Segundo o legislador, “os benefícios que o General levou para a cidade de Rio Grande” garantiriam-lhe tal mérito.
>>>> Ainda que o General tivesse executado pessoalmente os “inimigos do capitalismo”, isso não seria motivo para condená-lo ao achincalhamento público, à condição de execrável, e coisas assim. Aqueles “Generais” de outrora (e que ainda dão palpite no comando do País) merecem nada mais que pena e desprezo. Não o achincalhamento. Contudo, erigir uma estátua para este cidadão é um ato de estupidez; é uma cusparada nos “direitos de liberdade política” que hoje vivemos.
>>>> Por outro lado, se um familiar ou um simpatizante resolvesse homenageá-lo com uma estátua de 100m de altura, e desde que fosse em terreno particular, seria seu direito. Aliás, os filhos e netos do dito cidadão teriam não apenas o direito, mas o dever, de prestar honras a seu pai ou avô. Por pior que seja uma criatura, seus descendentes têm a obrigação moral, filial, de honrá-la. Desde que não seja às espensas dos demais cidadãos, à custa do dinheiro público, afinal, a grande maioria NÃO CONCORDA COM A HOMENAGEM.
>>>> Mas o que mais me deixa puto não é nem a discussão democrática entre vereadores contra e “a favor”, nem o discurso do famoso comentarista televisivo, enaltecendo o “engrandecimento proporcionado pelo General à cidade de Rio Grande: é o fato deste País, que gaba-se de ser uma República dita democrática, com liberdade e direitos humanos para todos; que “enche a boca” para dizer “Ditadura nunca mais!”; que reverencia os movimentos democráticos a ponto de permitir invasões e depredações, tudo em nome da liberdade; é o fato deste País enaltecer personalidades duvidosas, celebrar tipos bisonhos para a História, e condecorar “heróis” avessos, com estátuas e monumentos, para glorificar o quê? Valores deturpados e geralmente escusos. Enaltecer a imagem, sem se preocupar com o conteúdo... O que vale é ter-se heróis, não importa se for um General Custer, ou um Rei Davi. Atos próprios de dirigentes desinformados, de mentes tacanhas, forjadas numa família cada vez mais dissolvida, numa sociedade baseada no “eu acima de tudo”. Assim foi com o tal Duque de Caxias, com o General Osório, com os “heróis da República” que morreram em Canudos... Estátuas para todo mundo, não importa o quão malditos sejam. Estranho é a Bahia não ter ainda erigido um monumento ao Toninho Malvadeza (Ooops!), digo: ACM. Isso tudo é bem Brasil mesmo!
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