quinta-feira, 3 de maio de 2018

Espiritualismo x Materialismo

Bom, hora de azucrinar meus amigos materialistas ateus...
As pessoas intransigentemente incrédulas perguntam sempre coisas do tipo: "Por que devo acreditar na imortalidade da 'alma' ou na infinita bondade de 'Deus' se não tenho sequer uma única prova da existência destes?" "Por que há tanto mal no mundo se Deus é tão 'amoroso'?" "Por que devo acreditar em reencarnação se não recordo nada das vidas passadas?"
Começando: sobre acreditar "cegamente" em algo sem nunca ter visto ou percebido com os sentidos humanos é mesmo pedir demais, eu reconheço. Eu mesmo sou extremamente relutante e duvido de praticamente tudo. Duvido acreditanto, e acredito duvidando: é o meu Caminho do Meio. Há algo a mais que somente a vida mecânica e o mundo material? Isso todos nós temos o direito sagrado de acreditar ou duvidar, conforme nossa lógica pessoal. A minha lógica é a de acreditar, visto que todo efeito tem uma causa, e todo efeito inteligente precisa de uma causa inteligente.
Agora vamos refutar os camaradas de boas...
Livre-arbítrio, qualidade que temos (ou que nos foi dada pelo Princípio Universal), é o que nos permite nos equivocar tentando acertar. E errar de ato pensado também. Acreditamos que somos ainda crianças que precisam trilhar o longo caminho do aprendizado antes de se purificar e se comparar a seres mais evoluídos, por nós conhecidos como "deuses". Existem vários tipos de "mal", e nem todos são praticados com premeditação ou com conhecimento de causa.
Podemos muitas vezes errar, "pecar", fazer o mal a alguém, sem a consciência disso, talvez pensando que estamos fazendo o bem. O egoísmo é a chave de tudo isso, e é a raiz que precisa ser cortada. Se "Deus" permite que crianças sofram com os horrores da guerra, que idosos sofram apesar de terem trabalhado a vida inteira, ou que o honesto pague pelo desonesto, isso não é sem lógica. Livre-arbítrio! Fazer mal ou bem é escolha! Cada um colhe o que planta, nesse plano ou no outro, nessa vida ou em outra. A Terra é um dos muitos mundos físicos, e quem nasce aqui tem contas a acertar. Contas pessoais! A quitação dos débitos do que fazemos de mal NÃO É IMPOSIÇÃO DE DEUS OU DE SERES SUPERIORES. É IMPOSIÇÃO NOSSA, DO NOSSO JUIZ, CHAMADO CONSCIÊNCIA! Nós escolhemos nosso destino. Enquanto os seres mais apegados ao mundo, ao sentir remorso, desejam voltar à Terra para sentir na pele o que fizeram os outros sentirem, outros seres mais evoluídos aprendem que isso é pouco, e que a quitação efetiva do débito seria voltar para ajudar outros a não passarem por isso e a não fazerem ninguém passar por isso de novo!
"Ha, mas eu me lembraria de algo da vida passada... Se a gente esquece, qual o valor do aprendizado?"
Macho, tu não tá entendendo!
A vida carnal é um aprendizado. A Terra é uma das muitas escolas. Quem estuda quer se testar, quer se provar. E numa escola, durante as provas, normalmente não se usa cola. Seria muito mumuzim se tu viesse aqui a passeio, já sabendo de tudo e com o caminho traçado. Testar-se é correr o risco natural de errar.
E é por isso que não lembramos de nada.
Já sobre a existência de "um Deus", de vários deuses, de anjos e santos, aí é livre-arbítrio de cada um, e crer ou não crer não afeta muito a missão que temos aqui.
Mas confesso que acreditar torna tudo mais fácil.

A Igreja Romana Favorecendo a Doutrina Espírita

Em 1863, o desespero da Igreja diante do crescimento da doutrina de Kardec viajava com ondas de choque por toda a França, e para fora dela também.
Inocentemente, sem saber o alcance de sua ciência e filosofia, Kardec perguntou para o Espírito da Verdade (manifestação costumaz nas sessões, de alta posição moral):
- Como levar o Espiritismo para o interior da França, para as zonas rurais?
A resposta:
- Pelos padres!
A Igreja, tentando se adiantar em combater o inimigo crescente, acabou adiantando em 10 ou 20 anos a chegada da doutrina nas áreas mais afastadas do país!
E não bastava dizer "heresia", "excomunhão", "proibido", ou "anticristo", que as pessoas só ouviam a parte que dizia "falar com familiares que já se foram."
Foi tipo atacar a URSS no inverno, quando o resto do mundo tá no teu pé.