domingo, 28 de fevereiro de 2016

Sistema x Sistema?

Sabe por que existe tanto crime e tanta violência neste país?
Porque isso dá LUCRO.
Dá lucro pra muita gente.
Dá lucro pro bandido que assalta, pro traficante que trafica, pro receptador que desmonta e pro que vende.
Dá lucro pros órgãos públicos que fazem vista grosa, e pras empresas não diretamente envolvidas.
Pensa bem:
Alguém é assaltado, leva um tiro e morre. Quem ganha com isso?
Vejamos! Vamos listar as partes:
Os bandidos ganham o bem imediato, fogem e trocam por dinheiro.
A SAMU é chamada, mas leva muito tempo devido à precariedade estrutural.
A Polícia Militar é chamada, mas não tem recursos humanos nem materiais para encontrar os bandidos. A Polícia Civil é acionada, mas também não tem a estrutura humana e material pra resolver o crime.
Isso tudo se tirarmos os policiais corruptos, e considerarmos apenas os honestos.
Logo aparecem as funerárias, pertencentes a empresários "chegados", disputando a tapas o presunto.
O produto do roubo é vendido, gerando circulação de dinheiro, e mantendo um mercado de produtos baratos e de rápido acesso. A empresa receptadora ganha.
Tá, mas, e o Poder Público? Onde entra?
Bom, continuemos a lista:
O Poder Público fomenta o desarmamento, a não-reação, a aceitação pacífica do delito e a resignação, tudo "em nome da integridade física da pessoa".
O Poder Público também protege os criminosos em nome dos "direitos fundamentais da pessoa humana".
Os presídios são mantidos em condições precárias e desumanas JUSTAMENTE para que sejam interditados, obrigando assim o Poder Público a soltar o maior número dos que já lá estão, e impedindo que outros venham a ser internados em suas dependências.
As empresas de segurança, pertencentes a empresários importantes, a políticos, a policiais, a juízes, etc., têm um aumento dos lucros por vender a segurança que o Estado não oferece...
As empresas de seguro, também pertencentes a grandes malandros, recebem rios de dinheiro das classes médias apavoradas.
Os bandidos permanecem LIVRES, assim, o SISTEMA permanece FUNCIONANDO e LUCRATIVO.
E mais: SEMPRE que um grandão qualquer (um político, por exemplo) precisar fazer seus serviços sujos contra seus inimigos, eles dispõem dessa mão de obra farta e funcional que temos neste lixo de país.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Olha que discurso interessante:

Olha que discurso interessante:
Quando eu tava na sétima e na oitava série, o Brasil era um país
subdesenvolvido;
de terceiro mundo;
totalmente fodido.
Daí, quando eu tava no primeiro ano do médio, o Brasil já era um país
"em desenvolvimento";
"em desenvolvimento";
"em desenvolvimento".
Ninguém, hoje, pode dizer que o Brasil é um país subdesenvolvido. "Imagina! Quanta falta de conhecimento, de senso, dizer um absurdo desses!"... Mas os ratos da Administração Pública ROUBAM A MERENDA DE CRIANÇAS.
Ninguém pode dizer, hoje, que o Brasil é um país de terceiro mundo. "Imagina! Quão 'gauche' dizer isso!" Mas o ATRASO, a INCOMPETÊNCIA, a PREGUIÇA MENTAL, o OPORTUNISMO, a falta de INTELIGÊNCIA faz de nós nada mais que lixeiros, que se alimentam dos restos do primeiro mundo.
NADA de tecnologia chega aqui antes de se tornar COMPLETAMENTE OBSOLETA em países mais ricos. NADA é produzido aqui porque o governo simplesmente NÃO SE INTERESSA POR PESQUISA E CIÊNCIA.
Até o avião, inventado por um "brasileiro" (como gostam de vomitar os patriotas de plantão), teve que ser inventado na França, pois o governo daqui, além de não ajudar, ainda tentou impedir o Dumont de seguir adiante.
Um país que idolatra um ditador "bonzinho", que deu leis trabalhistas de mão-beijada pro povão, enquanto ganhava em cima, evitando o crescimento dos movimentos sindicais. Um país que idolatra um jogador de futebol inútil, burro e ultrapassado - mas que sequer sabe o nome de seus grandes cientistas. Um país que venera um esporte, um ritmo e uma comida, e PERMITE QUE SEUS HOSPITAIS sejam algo comparado a CHIQUEIROS; que seus direitos sejam burlados em troca de diversão; e que seus dirigentes comam caviar, vistam Armani, e andem de iate, ÀS SUAS CUSTAS, enquanto o povo sufoca em transportes lotados e de péssima qualidade.
Chega dessa palhaçada! O Brasil é sim um país
SUBDESENVOLVIDO;
DE TERCEIRO MUNDO;
E TOTALMENTE FODIDO.
Que ama o Carnaval, o futebol e a novela... E que não liga para seus doentes, seus trabalhadores e suas vítimas diárias.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Versos Satânicos

Os Cós e os Cús
(Beto Ayres)


Aqui o bicho pega;
Mas se é pego, nega;
Ladrão se chama gato;
Mas perde para o rato...
O porco cá domina
A casa-mãe suína;
Dá-se bem o lobo,
Fazendo-se de bobo...
Tudo tem o avesso;
E tudo tem um preço:
O cú do cura,
E o mal da cura;
O furtar na cama,
E o foder na grama;
Nação de jegues berrantes,
Zurrando à toa, delirantes;
Pátria de lobos canibais,
Para eles boa, até demais!
Reduto de ratos sorrateiros,
Que não pisam nos boeiros;
Sarau de macacos desajeitados,
Rindo enquanto são roubados...
Todos regidos por uma vara de porcos gordos e sujos,
Deslizantes caramujos...
E por uma canalha de harpias impensantes,
Que saqueiam seus filhotes inconstantes.

14/01/16.


Nando Moura, Nando Moura...
Tua razão se resume

Em baldes de esgoto e chorume;

E a louca promessa vindoura,

Nas cerdas da tua vassoura,
Não terá mais que uns duzentos
Bons defensores jumentos...
E veja bem se não falho:
Quem só diz "merda" e "caralho"
Não terá, logo, argumentos.
Ô anta, besta, asno-paco,
Netinho da ditadura,
Tua fala até que é dura...
Mas tem o teu cérebro fraco
A compreensão de um macaco,
E a lógica d'um babuíno.
Louve teu mestre suíno...
Mas, antes que haja enganos,
Seu moleque de treze anos,
Pare de ser mau menino!


05/02/2016. 00:09 (no celular!)


Um desastre aconteceu,
Certa vez, nesta cidade:
Se quebrou uma cambocha
E isto foi real desastre!
Pois a tal cambocha era
Cedida e localizada
Por um órgão de governo
A uma pobre embaixada.
Não quero mentir agora,
Nem exagerar a fala,
Mas quero deixar registrado
Que foi tal a dificuldade...

Comunicou-se à chefia,
E a todos asseclas abaixo;
Também fez-se por escrito
A reclamação fundada,
Com data, local e ocasião,
E o que mais confirma e embasa;
E enviou-se em oito vias
Aos seis caciques da casa.
Todos logo responderam:
“Medidas serão tomadas!”
E os demais corregedores
Concordaram e assinaram.

Passaram-se sete dias
Sem uma cambocha instalada.
No oitavo chega um cacique
Perguntando qual a falha.
E contou-se toda a história
De uma cambocha estragada;
Prontamente se mostrou
A parte toda quebrada,
E falou-se da importância
De tê-la recuperada.
Então, passou mais dez dias
Sem cambocha e sem nada...

Houve quem recusara-se
A trabalhar nesta casa;
Mas houve quem deu jeitinho,
Pois a esperança não falha.
Passaram quatro semanas,
E aquela cambocha ralada,
Por um funcionário estranho,
Foi então examinada...
O sujeito franziu os olhos,
E levou-a em sua mala.
Desde ali não mais se viu
A cambocha ou o que lhe valha.

Seis semanas se passaram
E cobrou-se, das camadas
Superiores, as medidas
Necessárias ao trabalho:
Pediu-se cambocha nova,
Ou a mesma, restaurada;
Fosse nova, fosse velha,
Mas alguma que nos valha!
Prontamente responderam
Com sorrisos e boas falas
Que logo, no mesmo dia!,
Medidas seriam tomadas!

Um dia chegou um vivente,
Com uma Cambocha na mala,
Não era de segunda mão,
Era nova, recém comprada;
Em perfeito e bom estado,
Mas não serviu ao trabalho
Com bitola diferente,
Não nos serviu foi em nada;
Com muito dó, devolvida
Foi a cambocha levada...
Só sei que custava dois,
Mas cem Reais a pagaram!

Outro funcionário veio,
O marceneiro da casa;
E examinou o lugar
Onde a cambocha ficava.
E disse “sem a cambocha,
Estou com as mãos atadas;
Pois nada posso fazer,
Sem ver o modelo da tralha.
Mas fiquem bem sossegados,
Pois será comunicado
À chefia maior para ser
A trama solucionada.”

E se foi o marceneiro,
Foi-se e nunca mais nada!
Passaram mais uns dois meses
Até vir nova empreitada:
Desta vez, um encanador,
Quebrando um galho na sala:
Pediu pra ver a cambocha,
A mesma que fora levada.
Disse ele “nada posso
Fazer sem ver a danada.
Preciso ver o modelo,
Senão, não posso ajudá-los!”

E se foi este também.
Mais dois meses se passaram...
E, à chefia, novamente,
Cobrou-se a ajuda ofertada.
Prontamente, nos pediram
Por escrito esta demanda...
Ok, mais dez vias demos
Aos oito chefes da casa.
E uma ao governador;
E uma a um deputado;
Outra ao chefe de polícia;
E mais outra foi ao Papa.

Mais seis semanas passaram,
E mais um filho da casa
Chegou – era o eletricista,
Que veio ajudar, e este fala:
“Eu não trouxe um alicate,
Terei que voltar co’a mala!
Amanhã retornarei.”
E levou uma semana...
Quando voltou preparado,
Disse não poder sanar –
Consertar essa cambocha,
Pois a bitola era a errada;

A fita de medir era outra:
Em metros, não polegadas!
E os fios eram azuis –
De vermelhos precisava!
Neste ínterim levou
Mais vinte dias sem nada.
Por fim, retorna o vivente
Pra dizer que fora engano:
A tal cambocha não era
Movida a eletricidade;
Portanto, o assunto também
Fugia de sua alçada...

Passaram mais vinte dias,
E a casa, desesperançada...
Mas um servidor da faxina
De pronto, pegou a escada!
Olhou, olhou, e pensou,
E deu quatro marteladas.
Por fim, decidiu deixar
De lado esta patuscada.
Pois nem cambocha ele tinha;
E nem martelo ou escada,
A essa altura do jogo,
Ajudariam em nada.

Um dia, depois de meses,
Um deputado se abala
Até nossa pobre pocilga,
Dizendo poder melhorá-la!
Porém, “precisa dos votos
De todos daquela casa...”
Senão, não teria meios
De dar-nos cambocha ou nada!
Agradecemos a ajuda,
Mas declinamos a paia.
E, então, após vinte meses,
Outro servidor se instala:

Este era mui antigo,
E conhecedor das malhas;
Mas não pode ajudar muito,
Pois sua visão era falha.
Ao todo, foram chamados,
Pra resolver a charada,
Quarenta e dois entendidos,
E vinte e seis estudados!
Um dia, sem mais nem menos,
Pegou fogo numa sala,
E consumiu tudo, tudo,
E até as vizinhas casas!

Não sobrou pau sobre pau,
Nem pedra não chamuscada!
Os funcionários olhavam
Tristes, sem fazer nada...
Mas, eis que chega um cacique
Sorrindo e com uma caixa...
E a entrega aos pobres índios,
Que olhavam a terra arrasada,
Dentro havia algo novo:
Uma cambocha dourada!
Comprada em licitação,
E pronta pra ser instalada.

28/01/2016.


Aécio Neves pensa que é um Kennedy;
Akckmin pensa que era a vez dele;
Beto Richa pensa que é Hitler;
Fernando Haddad pensa que pode tudo;
FHC pensa que abafou;
Sarney ainda pensa que é Deus;
Bolsonaro pensa que índio não é gente;
Marco Feliciano pensa que a gente não sabe;
Sherazade pensa que nos importamos com o que ela fala;
Lobão pensa que é intelectual;
Olavo de Carvalho também;
Kim Kataguiri pensa que tem algo a dizer;
Juliana Isen pensa que tem algo a mostrar;
Nando Moura pensa em gnomos sob efeito de alucinógenos;
Ronaldo Nazario simplesmente não pensa;
Pelé também não.

07/02/16