sexta-feira, 15 de abril de 2011

Novela do SBT que, finalmente, Mostra algo Real, Sofre Perseguição

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>>>> Até que enfim, um dia, o SBsTeira acertou!
>>>> Eu, como alguns mais, nunca apreciei a programação do SBT, sempre tão previsível, de conteúdo frívolo, e conceptismo simplório. Os programas de humor, então, nem se fala: humor previsível, forçado, baseado em piadas manjadas, e personagens estereotipadas. As novelas próprias mostraram-se piores que as estrengeiras. Enfim, um conteúdo menos que mediano, para entreter mentes pouco exigentes. Entretando...
>>>> Agora, em 2011, pôs no ar uma novela temática própria (não comprada de rivais), com um elenco variado, em horário fixo, e com um tema forte, ousado, e polêmico. Amor e Revolução está no ar há poucos dias, e já causa impactos. Naqueles que viveram o horror da Ditadura Militar, é o da lembrança; nos criminosos, os responsáveis pelas torturas, o impacto é o incômodo fantasma da culpa (culpa, não remorso!)... E, na maioria das pessoas que viveram depois daquela época, é a mescla de horror e de curiosidade, de dúvidas e de repulsa.
>>>> A Ditadura Militar ainda está arraigada no País. Reflete-se nos governos, nas polícias, e sobretudo nos meios militares. A lembrança das torturas ainda retine nas paredes dos prédios que hoje ostentam instituições ditas sérias. Os ecos da vergonha ocorrida há pouco mais de trinta anos. Fantasma da lamentável degradação de um povo que perdura nas construções, sepultado em registros oficiais, e ocultos por criminosos interessados no silêncio. E é sobre esse tema que a novela fala: desenterra fragmentos de vidas, reconstitui ao menos uma parte da dor sofrida por muitos. Traz de volta reminiscências de dores e ideais apagados com opressão; mostra o sangue oculto pelas hordas de soldados, e pelas chuvas de gás e chumbo.
>>>> A novela Amor e Revolução, do SBT, supera as expectativas para uma produção nacional, no que se refere a recursos visuais e representação artística. Eu gostei, mas foram raras as vezes que tive tal oportunidade.
>>>> Contudo, a diversidade humana é uma coisa imensurável. Há pessoas que assumem que gostavam da Ditadura Militar: umas, sem tê-la vivido, por achar que havia menos crimes; outras, por terem participado ativamente (seja como policiais, militares, aproveitadores ou puxa-sacos). Há quem fique horrorizado com as histórias; e há quem veja tudo isso com o glamour de romances fictícios. Mas a maioria, infelizmente, desconhece os detalhes pavorosos daquela época.
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Algo que me deixou triste
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>>>> Veja um exemplo que encontrei de pessoa um pouco desinformada e alienada. Procurando na internete as fontes que confirmassem a campanha contra a novela, encontrei, num site chamado Reclame Aqui (www.reclameaqui.com.br), a seguinte opinião:
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Brasília - DF
Sábado, 09 de Abril de 2011 - 22:24

PÉSSIMA NOVELA AMOR E REVOLUÇÃO

ESSA NOVELA TEM QUE SAIR DO AR! O MUNDO JA ESTÁ TÃO PERDIDO COM TANTA VIOLENCIA E A EMISSORA SBT PARECE ACHAR POUCO COM ESSA NOVELA! SÓ TEM PESSOAS BALEADAS, COM ARMA EM PUNHO E ISSO NOS DEIXA COM UMA AFLIÇÃO! TENHO UMA CRIANÇA DE 4 ANOS E ELE FICA HORRORIZADO COM A NOVELA (ELE JAMAIS ASSISTIU, MAS PASSA TRECHOS NA PROPAGANDA!)
ACHEI UMA FALTA DE CRIATIVIDADE ESSA "NOVELA"!
ALGUÉM PRECISA FAZER ALGO!
CHEGA DE TANTA VIOLÊNCIA!!!
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>>>> Creio eu, pelo que bisbilhotei, que se trata de uma jovem senhora, mãe de família, preocupada com o bem-estar dos menores, mas que provavelmente não saiba o tamanho horror que nossos compatriotas vivenciaram naqueles pavorosos anos de incertezas. Eu respeito a posição dela (e de outros que pensam assim), mas não posso concordar com meu silêncio, posto que tal reclamação é um tanto descabida e impensada (apesar de compreensível, pelo tema ser um pouco “pesado”). Dou algumas razões para afirmar isto:
>>>> Primeiro: A novela passa em horário apropriado. Minhas filhas vão dormir entre 21 e 22, no máximo. No Brasil, onde as crianças não conhecem mais limites, e fazem o que querem dos pais, é importante estipular (e não solicitar) a cooperação dos menores. Minhas filhas reclamam que “os outros podem...” mas os outros são os outros, e eu não sou responsável por nenhum deles; elas entendem. Quanto aos comerciais, até concordo que poderia haver certa triagem de conteúdo.
>>>> Segundo: diferentemente do que ocorria na época da Ditadura Militar, hoje temos escolhas; temos sempre outras opções. Uma delas é o aparelho chamado controle-remoto, que opera maravilhas na vida da gente (um outro é o botão liga/desliga, o que mais tenho utilizado atualmente). Cada um prestigia o que lhe convém, e ninguém, absolutamente ninguém, os obriga a assistir programas à força (talvez, se fosse naquele tempo, o fizessem...).
>>>> Terceiro: O terror vivido pelos brasileiros nos anos de chumbo poderia ser comparável ao vivido por ciganos, judeus e por pessoas de várias outras etnias nas décadas de 30 e 40. Se não em números, em intensidade. Não dizem os judeus que tal terror não deve, nunca, ser esquecido? A História é uma ciência vital para a humanidade, e deve sempre ser preservada, com o máximo de verdade possível. É graças a ela que evitamos repetir os mesmos erros de outrora. Por isso, a novela contribui expressivamente com a manutenção da verdade, alertando as novas gerações sobre os perigos do totalitarismo intransigente.
>>>> Quarto: Não sendo ninguém obrigado a assistir o que não lhe apraz, a rede de TV tem total liberdade de exibir seus programas, o que tanto agradará a uns, e desagradará a outros. A menos que tais programas firam princípios legais (o que a lei não permite). Se houver uma lei que determine a ilicitude de um conteúdo (censura), então a rede de TV deverá excluir o programa infrator; e isto nos leva ao maior dos problemas: quando a lei é manipulada para atender aos interesses particulares de uma minoria. E é aí que está o perigo.
>>>> E, para finalizar, tenho ainda uma notícia muito triste para dar: tirar a novela do ar NÃO VAI DIMINUIR A VIOLÊNCIA NO PAÍS. Vai, pelo contrário, contribuir para a impunidade, à medida que verdades latentes permanecerão ocultas atrás de bocas caladas. Quanto mais as obras artísticas mostrarem temas obscuros da História, mais as pessoas entenderão a necessidade da Justiça. O silêncio é a arma dos brutos, e imposta aos mais fracos, permite que aqueles façam o que bem entenderem.
>>>> Se pessoas como Fleury, Delfim Neto, Jarbas Passarinho e tantos outros ocuparam ou ocupam ainda cargos ou posições de valia nos governos atuais, ou mandatos públicos, é claro que estes não querem propaganda negativa. Eles querem silêncio!
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O Susto
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>>>> Li por aí, em diversos blogs e sites, que militares fizeram um abaixo-assinado para tirar a novela do ar. Veja em Extra Globo.com:
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>>>> Mas, para meu alívio (e o de muitos milhares de brasileiros patriotas!), este documento sequer foi considerado. Parece que o MP já mandou arquivá-lo. Veja no Dihitt.com:
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>>>> E em Blogando20.blogspot.com:
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>>>> Concluindo então este desabafo, conclamo a todos os que julgam que o ser humano merece respeito, os que prezam a verdade, e, sobretudo, os que foram perseguidos e torturados, a não deixarem este tipo de intransigência acontecer. Gostando ou não da novela, o objeto principal de discussão não é a qualidade do entretenimento, mas o direito à verdade, à liberdade, e à livre expressão. Principalmente, o direito à informação. Disparates são cometidos por governos e autoridades a todo o instante, e cabe a nós, e a mais ninguém, fiscalizar isso. O mesmo se dá quanto à questão do desarmamento. O povo decidiu por Referendo que temos o direito de ter armas. Porém, a arrogância das elites poderosas manteve as restrições de posse para as pessoas decentes (afinal, o estatudo do desarmamento foi um ato interesseiro e demagógico, e não afetou em nada a posse ou o porte de armas para bandidos).
>>>> Das coisas que eu execro, uma das que mais me dão nojo é a tal censura (E não é por mim, que vivo sendo censurado - mesmo quando sou educado - por sites “pseudo-comprometidos-com-a-verdade”, quando tento explicitar minhas opiniões). Censura é ditadura! Censura é ignorância, e tira de um ser humano o direito de se fazer conhecer e entender. Censurar é impor sua opinião aos outros sem dar chance ao contraditório. Censurar é como atirar pelas costas.
>>>> Censura não! É covardia! Por isso, o SBT NÃO DEVE TIRAR A NOVELA DO AR! Deve sim é manter o horário, evitando as mudanças repentinas tão características (e insuportáveis) da casa. O povo precisa saber, ver, rever e valorizar a nossa História; nem que seja apenas para não repeti-la.
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Comentários à parte (Mudando um pouco de Assunto e Viajando Geral)
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>>>> Quem lê tudo o que está acima, e não me conhece, garante: eu devo ser um comunista, esquerdista, ou outro “ista” qualquer. Contudo, quem me conhece sabe que sou simpatizante do Integralismo. Eu repudio a Ditadura Militar que foi implantada no Brasil e nos países vizinhos. Eu também repudio as ditaduras de Mao Tse Tung, Pol-Pot, Lênin, Stálin, Bush (pai), Bush (filho), e de Ariel Sharon (Aleluia, não mais!). Mas, neste País caótico, largado, violentado e falido, uma ditadura civil não seria pior que esta falsa democracia que vemos. Precisamos rever nossos valores, sem excessos, mas também sem indulgências demais. Se não desejamos uma nova ditadura, creio que também não desejamos a anarquia completa (a atual).
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Agora, imagine a seguinte situação:
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>>>> Se eu fosse presidente, a primeira coisa que faria seria, a todo o custo, angariar a simpatia e a admiração do povo, e travar boas relações com potências alternativas, como França, Alemanha, Japão, China, Rússia (ah, eles gostariam!); e diminuiria a influência dos EUA (ano 1); depois, consolidaria meu poder central (ano 2 - aposentando e reformando todos os oficiais generais das FA, aqueles já prescritos pelo tempo, com as cabeças ainda nos anos 60); acumularia riquezas, investiria em influência estrangeira, e criaria uma comunidade sul-centro-americana (Américas do Sul e Central); e, porfim (ano 4), dissolveria o pesado, caro, inerte, inapto, inepto Poder Legislativo, e governaria por mais 4 anos com um fortíssimo investimento em propaganda.
>>>> Parece utópico? Tal Quimera monstruosa pareceria horrenda para quem viveu os anos 60 e 70. Mas, no estado atual das coisas, eu penso que alguém deveria fazer alguma coisa (Dilma e Lula, mesmo odiando o PT, tô com vocês! Fica aí a idéia!).
>>>> Se eu tenho o direito de ter a minha opinião, minhas crenças e meus ideais, cada ser humano tem o seu; e, diferentemente de mim,  cada um vai opinar sobre o que seria melhor para o País. Alguém pode querer impor suas idéias pela lógica, outros pela força. Eu não acredito em democracia. Mas, eu sou eu. Quem acredita tem o direito de lutar por justiça da maneira que ache mais adequada.
>>>> Diz um conhecido meu: “antes a pior democracia que a melhor ditadura”. Ele é advogado, e é radicalmente contra qualquer tipo de autoritarismo. Eu, por outro lado, me impressiono mais com a desleixada mamata, com a desenfreada corrupção, com o desperdício do patrimônio público e, sobretudo, com os gigantescos gastos com o inoperante Poder Legislativo. E agora? Quem está certo? Quem está errado? Haverá sempre os prós e os contras.
>>>> Agradeçam por eu não ser presidente. Eu seria um chefe justo, humano, mas também sagaz e um tanto inflexível. Como Lampião. Este sim, seria meu candidato a presidente.
>>>> Agora, sabendo a minha posição a respeito, alguém votaria em mim?  Duvido! Entretanto, os perigosos ditadores nunca se mostram por inteiro; são sempre bonzinhos, carismáticos, politicamente-corretos e etc...
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Então, a Pergunta:
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>>>> Por que alguém que idealizaria uma ditadura defenderia “os comunistas” e atacaria a “censura”?
>>>> Bem, é uma questão de princípios. Uma coisa é duelar; a outra é assassinar. A minha ditadura seria frente-a-frente, sem SNI, sem DOPS, e sem DOI-CODI. A “deles” foi covardia, uma briga de lobos contra cordeiros, uma prova de estupidez.
>>>> Eu seria um bom ditador: sem censuras, sem torturas, sem repressão, sem excessos. Mas, firme e inflexível, embora sempre, transparente.
>>>> Cuidado! O novo Führer pode surgir de qualquer lugar, pacífico, compreensivo, santo... Pode surgir, inclusive, dos chamados Movimentos de Direitos Humanos. Quem garante que o perigo está nos radicais?
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Betinho PQD
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