sexta-feira, 25 de novembro de 2011

"E-mail" Recebido sobre Rafael Alves

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>>>> Agora de manhã (25/11/2011), abri meus e-mails (o que não faço desde anteontem), e lá estavam todos aqueles milhares de "recebidos" inúteis de sempre. Entre milhares de "spams", "ofertas", "correntes", e tudo de bom que aparece, tinha um que me fora passado por dois de meus colegas de trabalho. Como nunca deleto nada sem antes passar, pelo menos, com uma rápida olhada, acabei tendo uma desagradável surpresa.
>>>> Segue abaixo a transcrição fiel do e-mail que recebi de meus colegas:
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O “menino” Rafael Alves, 29, e seus cinco processos

de Reinaldo Azevedo
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Vocês se lembram dele?
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É Rafael Alves, um “menino” (como diria José Roberto Burnier, da TV Globo) de 29 aninhos, uma criança mesmo! Ele é um dos líderes da invasão da Reitoria da USP. Foi o cara, aliás, que falou com a reportagem da Globo no dia em que a Polícia Militar restaurou o estado de direito no campus. No ano que vem, segundo o “Estatuto da Juventude” da Terceira Idade, da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), ele perde o direito de fazer cocô na fralda e já pode ser considerado, ora vejam!, um adulto! Pode ganhar um piniquinho de presente!
Muito bem! Essa criança ficou sete anos na USP sem concluir o curso de Letras, morando de graça no Crusp e comendo no bandejão a R$ 1,90. A classe operária não tem essa regalia, como sabem. Ela subsidia a pança dos folgados. A Universidade oferece almoço, janta e café da manhã. Tudo pago pelo contribuinte. Esse infante acabou jubilado. O “menino” fez o quê? Prestou vestibular de novo e voltou ao primeiro ano e agora tenta recuperar o “seu” apartamento. Quem sabe para passar os próximos oito anos na USP, morando e comendo quase de graça.
Pois bem. Os links abaixo remetem a páginas do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Segue a lista de inquéritos em que este poeta libertário é réu. O primeiro deles diz respeito à invasão da USP. Há de tudo: dano ao patrimônio, lesão corporal, injúria, até crime contra o meio ambiente. Essa juventude rebelde é fogo!
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0023563-10.2011.8.26.0011
Auto de Prisão em Flagrante / Dano Qualificado
Indiciado: Rafael Ferreira Alves
Recebido em: 09/11/2011 - 1ª Vara Crim.e do Juiz.Viol.Dom. e Fam.Cont.Mulher
0015002-94.2011.8.26.0011
Inquérito Policial / Dano Qualificado
Autor do Fato: Rafael Ferreira Alves
Recebido em: 11/07/2011 - 1ª Vara Crim.e do Juiz.Viol.Dom. e Fam.Cont.Mulher
0015006-34.2011.8.26.0011
Inquérito Policial / Injúria
Autor do Fato: Rafael Ferreira Alves
Recebido em: 11/07/2011 - 1ª Vara Crim.e do Juiz.Viol.Dom. e Fam.Cont.Mulher
0000173-11.2011.8.26.0011
Inquérito Policial / Lesão Corporal
Autor do Fato: Rafael Ferreira Alves
Recebido em: 06/01/2011 - 1ª Vara Crim.e do Juiz.Viol.Dom. e Fam.Cont.Mulher
0024637-36.2010.8.26.0011
Inquérito Policial / Crimes contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Genético
Autor do Fato: Rafael Ferreira Alves
Recebido em: 12/11/2010 - 1ª Vara Crim.e do Juiz.Viol.Dom. e Fam.Cont.Mulher

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Eu entendo Rafael. Como ele é contra o “estado burguês explorador”, decidiu, então, explorar o estado burguês — sustentado pelos trabalhadores, né?, como diriam os marxistas...  
            Mas, que tal mandar este “cidadão” sem serventia, fazer um estágio do seu tão importante curso de Letras, em algum país cujo regime ele aprecia, assim como Cuba, China Comunista, Coréia do Norte. Quem sabe lá ele ganha moradia e alimentação grátis, sem trabalhar. Peça para ele fazer um protesto público em um país destes, e aposte quantas décadas ele irá mofar em uma masmorra!
Aliás, como sugestão, a USP deveria cancelar cursos que não tem utilidade para a sociedade, assim como Filosofia, Sociologia, Ciências Sociais, liberando salas e espaço para cursos como Medicina, Enfermagem, Biologia, Odonto, Engenharia, etc... cursos que geram progresso para a Nação. Quem quiser fazer curso de dondoca, como Biblioteconomia, Filosofia e outras futilidades, que o faça na PUC ou outra particular, paga pelo papaizinho.
Envie esta sugestão para o Deputado Estadual do Est. De São Paulo, no qual você votou na última eleição.
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>>>> Agora diga quem crer! Vocês prestaram atenção a algums trechos do texto acima?! Principalmente, naqueles que esculacham áreas do conhecimento tão importantes, como as Letras, Filosofia, Sociologia e etc... Senhoras e senhores, poucas vezes na vida li ou ouvi algo tão estúpido e preconceituoso... Talvez por eu ser do Sul. O autor, pelo que percebemos, é paulista. E isso explica muita coisa...
>>>> Não estou aqui defendendo o tal do Rafael (que, aliás, sequer conheço ou ouvi falar). Isso é outra história. Não estou desmerecendo a opinião do nobre comentarista. Estou, sim, purgando a ofensa, embutida na imbecilidade dita por ele, e que não tem qualquer fundo lógico. Ou será que as pessoa são feitas apenas pare serem máquinas paulistas de trabalho incessante? Responda-nos, senhor Reinaldo!
>>>> Não vou perder meu tempo (nem gastar palavras) com gente ignorante. Não vou rebater nem discutir com quem vive para o lucro. Vou apenas lamentar. Sinto muita pena deste cidadão que, mesmo com um interesse legítimo no progresso (eu também não concordo com desordeiros como Direitos Humanos, MST, MTG, ETA, IRA e Sem Teto), acaba por humilhar pessoas e desmerecer áreas do conhecimento vitais. Pois, sem estas, seríamos ainda macacos, gritando e lutando por alimento.
>>>> Quem sabe seria melhor mesmo acabar com os cursos de Letras, Filosofia, Sociologia, Assistência Social, Psicologia. Quem sabe não seria melhor acabar com as Ciências Humanas. Talvez esta terra precise apenas de políticos, administradores, contadores, economistas... Sobre o tal Rafael, é outra história (aliás, História também não seria uma destas matérias sem importância, senhor Reinaldo?).
>>>> Talvez todo o Brasil devesse copiar São Paulo, e se tornar aquela maravilha de qualidade de vida! Talvez precisemos mesmo de mais advogados, bancários, engenheiros, agiotas; talvez precisemos de mais instituições bancárias, financeiras, destas que exploram e roubam idosos com suas "linhas de crédito facilitado".
>>>> Eu não duvido que o digníssimo comentarista acima seja um trabalhador incansável pelo progresso da Nação. Mas ele que viva para trabalhar, e que deixe as outras pessoas viverem, pensarem, criarem; que as deixe ter sua própria vida, pois nenhuma pediu sua opinião sobre o que ele pensa de determidadas profissões.
>>>> Não vou estender estes comentários. Não vou me estressar dando uma resposta à altura, pois tal cidadão não merece tamanho esforço.
>>>> Fica aqui apenas a nossa indignação, em nome de tantas e tantas pessoas que, assim como os engenheiros, advogados, taxistas e motoboys (e bem mais que os economistas, políticos, analistas e bancários) fazem a grandeza da terra onde vivem. Obrigado por mostrar o quanto somos evoluídos.
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Humberto Ohlweiler Ayres
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